quinta-feira, 11 de agosto de 2011

quarta-feira, 13 de abril de 2011

FACTOIDES CULTURAIS

*Prof. Paulo Cervi
- Você viu? A Maria ganhou o BBB11. Achei legal. Estava torcendo por ela.
- Maria? Mas, afinal, quem é essa tal de Maria de que você tanto fala?
É claro que algumas pessoas não têm a menor ideia de quem seja essa Maria, vencedora do BBB. Talvez até existam aqueles que desconheçam o significado dessa sigla – BBB. Mas vamos combinar que essas pessoas estão longe de um aparelho de comunicação chamado televisão e, naturalmente, de todo e qualquer outro meio de informação. Isso certamente não é o meu caso e nem o de você, caro leitor. Ainda que torçamos o nariz para certos tipos de programas e até tenhamos a possibilidade de trocar o canal ou simplesmente desligar o televisor, sempre haverá um amigo, um colega, ou um parente a nos colocar a par do que preferíamos não ver ou ouvir. Por isso, fingir desconhecimento não é exatamente um indicativo de qualificação cultural ou uma espécie de senha para que nosso interlocutor saiba com quem está falando. Parece mais uma tentativa de preservação da imagem no meio social, mesmo que tenha passado duas horas do dia anterior “mariando” sigilosamente na intimidade do lar. Pode-se perfeitamente discutir a qualificação de grande parte da grade de programação dos meios de comunicação, sem que isso justifique equivocadamente o desconhecimento de ações ou personagens desses eventos.
Esse comportamento de fachada acaba se justificando porque ao conceber cultura como um relacionamento inteligente, não raro omitimos conceitos e cerceamos preferências, construindo deliberada e necessariamente – em função dessa concepção – uma imagem falaciosa em nosso meio pessoal e profissional, pois a construção do processo de comunicação passa a ser definida pelo emissor não exatamente por aquilo que pensa, mas pela preocupação com a imagem que irá construir para o receptor. Começamos assim – ou continuamos – a formatar nossa imagem de factoides culturais.

*Prof. de Português, Literatura e Redação
www.manoamanocursos.com.br

quarta-feira, 6 de abril de 2011

SER OU REPRESENTAR

*Ana Lucia Cervi Prado
 
Em nosso cotidiano assumimos diversos papéis como, por exemplo, no caso da mulher, o de
mãe, o do lar, o da esposa, o da filha, o da profissional e por aí afora. Podemos pensar que
somos um mosaico, um quebra cabeças. E somos mesmo, porém devemos observar que há
um “ponto de ligação” que não representa papel algum, que é a nossa essência, a nossa alma!
Construímos nossas vidas à custa desses papéis e medimos o nosso sucesso pelo resultado
que alcançamos em cada um deles. Não raro fazemos isso querendo convencer que somos
vitoriosos. Corremos, buscamos a melhor forma de aparecer, de agradar, de passar sob o crivo
do julgamento das pessoas que nos interessam a opinião. Sabotamos o nosso eu, a nossa
essência em nome da imagem e esquecemos o nosso “ponto de ligação”.
O livro O Efeito Sombra, do neurocientista e filósofo Deepak Chopra, fala a esse respeito:
queremos tanto ser alguém, que projetamos um ser que está fora de nós e a distância que
se estabelece entre o que queremos ser e o que somos gera uma sombra que se deixarmos
crescer muito, em um dado momento, ela nos assombrará. Queremos buscar fora o que já
está dentro, desprezamos o nosso íntimo, a nossa alma, porque acreditamos em um modelo
que vende fácil no mercado.
Na busca de sermos diferentes, acabamos sendo iguais...meras cópias...não somos nós
verdadeiramente. Sim, porque cada um de nós é único! Por que insistimos em esquecer?
Existe um código que Deus nos deu e esse é imexível: é a nossa alma. Só nós conhecemos esse
código que é de propriedade intransferível e, por isso, de nossa total responsabilidade!
Se pararmos para pensar, é só lá na nossa alma que somos nós verdadeiramente. E é a nossa
alma que Deus conhece e não o que representamos. Se esquecemos quem somos nós, então
estamos doentes, estamos optando pelo lado sombrio de nossas vidas.
Parece-me que esse mal domina a humanidade. Basta lermos e ouvirmos as notícias que
(ainda) nos chocam a cada dia, onde, por exemplo, pessoas que ocupam cargos que deveriam
no trazer segurança são pegos no seu comportamento mais sombrio e escondido, no papel da
contravenção, significando que perderam seus “pontos de ligação”.
Com quem estamos lidando? Com quem eu estou lidando? Seria “eu” uma farsa, uma imagem
projetada no espelho, na fotografia do jornal, na tela da televisão? Ou o que vejo é o fruto
da minha construção interna, do que tenho de melhor em essência que se manifesta em cada
papel que assumo pela minha vida afora? Só a partir de um autoexame é que podemos nos
remeter exatamente ao centro e daí assumirmos o controle de nossas vidas. Ah...e isso tem
que ser feito todo dia, tem que fazer parte da nossa higiene corpomental (corpo e cérebro).
 
*Profª Drª em Ciências da Saúde
Consultora do Mano a Mano Cursos

quinta-feira, 17 de março de 2011

LER OU NÃO LER: EIS A QUESTÃO


            Ao parafrasear Shakespeare e seu conflituoso personagem Hamlet, não se está propondo a possibilidade de uma escolha, mas confrontando duas ações que definirão qualitativamente, ou não – agora sem parafrasear Caetano – o futuro de quem escolhe ler, ou não ler.
            Entretanto, como essa escolha, muitas vezes, ocorre de cima para baixo, a leitura, ao invés de ser um prazer, passa a ser uma perigosa obrigação. E confundir ato com hábito de ler é o primeiro passo para fazer do conhecimento uma robotização, transformar curiosidade e descoberta em imposição maçante, que vai gradativamente construindo um não-leitor.
Mas fugir dessa possibilidade nefasta, num mundo dominado pelo apelo visual, pela instantaneidade da imagem, é uma tarefa que não começa, apenas continua na escola. Antes disso, há um fator determinante na construção efetiva de um leitor proficiente: os pais. Poder-se-ia afirmar que depende deles a resposta para nosso adaptado questionamento shakespeariano, pois seu papel nessa descoberta, nesse prazer de ler, será determinante para o despertar de um futuro leitor.
  Esse papel de incentivar nos filhos a busca de  um mundo fora de seu espaço habitual é inerente a todo pai ou mãe preocupados com o futuro de suas crianças. Porém, a função desse primeiro e fundamental educador deve ser permeada por aquela máxima de nossos avós: - “mais importante que falar é fazer”. Assim, esse processo de formação do leitor será bem maior, se  os filhos formatarem nos pais a imagem de um efetivo leitor.
É claro que esse processo, que deve necessariamente iniciar na infância, pode ser definido e qualificado de diversas maneiras. E certamente não faltam artigos indicando fontes sobre o que realmente é importante ler. Mas o mais importante, sem desconsiderar a qualidade do que se lê, é ler. O economista Gustavo Ioschpe, em recente entrevista para uma revista de circulação nacional, afirma que alunos que leem muito – livros, revista, jornais – têm melhor desempenho.
Assim, responder a esse questionamento dualístico sobre a importância de ler, pode ser o primeiro passo para o conhecimento de um surpreendente prazer: a descoberta de você leitor!       
                                                                                                                                    Prof. Paulo Cervi

quarta-feira, 16 de março de 2011

PARA ONDE FOI O NOSSO CENTAURO NO JARDIM

                                                      
            - Scliar, o que é preciso fazer para saber escrever?
            - Fundamentalmente escrever.
            A enganosa obviedade da resposta, dada a um vestibulando numa palestra sobre redação, define a visão objetiva de um ficcionista que tão bem soube conduzir a subjetividade da recriação da realidade em seus inúmeros contos e romances. E foi assim, escrevendo, que aquele  menino, filho de uma família judia que emigrou da Rússia, no início do século XX, começou sua história de ficcionista, fusionando literatura e realidade no livro “Histórias de médico em formação”, obra publicada em 1962 e que relata suas experiências pessoais como estudante de medicina. Desde então, passou a conduzir seus leitores por um mundo fantástico, onde as palavras passam a ter múltiplos significados e, assim, nesse Ciclo das Águas, enfrentamos uma Guerra no Bom Fim,  mas sempre sabendo que jamais seríamos o Exército de um homem só, porque, afinal, Scliar sempre tinha Histórias para (quase) todos os gostos e, ao final, sempre teríamos nossa Festa no Castelo. E é exatamente essa magia que nos leva a fugir desse Mês de cães danados, a buscar nas  Memórias de um aprendiz de escritor a mensagem que fica do homem que se foi:  Agora não mais importa o que fizeram de ti .E sim, o que tu vais fazer com o que fizeram de ti...”
            Moacyr Scliar foi certamente um ficcionista que ajudou a construir muito daquilo que sou e, certamente, é responsável por muito daquilo que você é, leitor. Ele, como afirmava o filósofo francês Georges Gusdorf, utilizou a linguagem para nos fornecer a senha de entrada no mundo humano. Entender essa magia, ajuda a dirimir a dor pela ausência  do nosso Centauro no Jardim.
                                                                                                         Prof. Paulo Cervi

A METALINGUAGEM DA PRODUÇÃO TEXTUAL

O texto na cabeça, as ideias em processo de fermentação, mas parece que falta alguma coisa que não exatamente transpiração, afinal sua-se muito para escrever. Mas não é também apenas um processo de inspiração. Produzir um texto escrito é associar a um conjunto de normas pragmáticas outro processo de conhecimento que se adquire com a vivência. Temos assim a soma da racionalidade técnica com a emocionalidade crítica de nossa bagagem cultural. Muitas vezes, quando questionado por alunos de redação sobre qual a melhor fórmula para se produzir um texto, respondo que é o método TB – trovar bem – e que essa “trova” é o resultado de um adequado e necessário planejamento, aliado ao somatório de informações que vem se consolidando – ou não – ao longo de nossa formação pessoal, escolar e profissional. Quando utilizamos somente um desses processos, pecamos ou pela falta de argumentos, ou pela ausência de organização.
Costumo brincar com meus alunos que a redação não deveria ser motivo de tanta preocupação, afinal não passa de um “bilhetão” de vinte e poucas linhas, que necessita apenas de uma apresentação, um desenvolvimento e uma finalização. Mas a naturalidade dessa afirmação esbarra não exatamente na incapacidade de produção, mas na ausência do segundo processo: a quantidade e qualidade de informação. Grandes autores também se deparam com essa dificuldade e algumas vezes até fazem poesia disso: como não se lembrar de Drummond e de sua hora gasta pensando num verso que a pena não quer escrever. Assim o Carlos da poesia não é diferente do Pedro e do João da redação, e muitas vezes entre a primeira e a última dessas vinte míseras linhas forma-se um abismo de difícil transposição.
O auxílio de professores e o uso de material didático diminuem tecnicamente essa dificuldade, mas será insuficiente se for inativa a capacidade de apreensão e compreensão do mundo que nos cerca. O ato da escrita é também um processo de desnudamento do eu, de defesa de uma ideia que será motivo de apreciação pelo outro. Antes de expressar o que se pensa, está a preocupação com o que o corretor irá avaliar desse saber. E isso, obviamente, intimida, dificulta e, não raro, bloqueia a capacidade de produção.  Certamente muitos leitores vão se lembrar de cenas engraçadas que vivenciaram ou presenciaram na fase escolar, quando, ao entregar um trabalho escrito, proposto em aula e sob a supervisão do  professor, o aluno o coloca abaixo dos outros já entregues, certamente por já antecipar a fragilidade de seu texto. Essa falta de confiança não é exatamente ausência de informações, mas fundamentalmente insegurança na sua capacidade de realização de um trabalho escrito.
Certamente não há fórmulas mágicas que permitam capacitar um aluno a escrever. A  singularidade desse processo deve fazer do professor, mais do que um corretor, um orientador. Assim, tão importante quanto como, é o que escrever. Cabe a esse orientador incutir no aluno a capacitação de discernir e filtrar informações que sustentem seu posicionamento na execução do trabalho escrito. Dessa forma torna-se possível argumentar, por exemplo, sobre a improbidade dos serviços públicos na concessão de controladores de velocidade, sem se deixar contaminar pelas cores partidárias, ou  entender que a discutível qualidade da maioria dos programas televisivos é necessariamente compreender que isso é reflexo da capacidade de compreensão de parte considerável dos espectadores. Escrever, portanto, pode deixar de ser uma tarefa penosa e não precisa ser ufanisticamente algo que demande imenso prazer. Deve, isto sim, ter a inconfundível percepção, não do mundo que querem lhe mostrar, mas da realidade que entende e consegue explicar.
                                                Prof. Paulo Cervi

UM SONHO RETOMADO

                                                                                                              * Maria Lorena Morgental Cervi
                Voltar ao passado e recordar minha infância é também retomar um sonho que nasceu lá pelos anos 36, 37 do século passado. Eu morava em Vale Veronês, pequena e saudosa localidade, incrustada entre morros,  naquela época, na divisa entre Santa Maria e Cachoeira do Sul, hoje entre  Silveira Martins e Faxinal do Soturno.
                Como em todo lugar pequeno, a vida era pacata e comunidade se desenvolvia ao redor da igreja e da escola. Já no advento da luz elétrica, do rádio, do telefone e do carro a motor, nossas conduções ainda eram o cavalo, a carreta de bois e a charmosa aranha, uma espécie de carruagem de duas rodas, que era muito utilizada como veículo de transporte para as noivas. As pessoas da comunidade dividiam seu tempo entre trabalho, oração e lazer. Assim, passava-se a semana na roça e, aos domingos, depois da ida à Capela da Nossa Senhora do Monte Bérico – hoje elevada a Santuário pelo saudoso D. Ivo,  e reestilizada pela mão competente de Juan Amoretti -  os homens se reuniam  na casa de comércio dos tios Zamberlam, para jogos de bocha, futebol,  carteado e a inconfundível gritaria, que muitas vezes até parecia briga, do jogo da Mora. Já nos encontros entre famílias – o saudoso filó – renovavam-se as energias e retomavam-se os laços de amizade, sempre acompanhados por um bom vinho e gostosos quitutes como os grôstolis.
Neste clima nasceu meu sonho. Meus irmãos maiores, como era comum a todos os homens da comunidade,  iam cedo para a lavoura. Minha mãe preparava o café da manhã – o  colacion – que era levado por mim e por minha irmã, Juliva, as duas menores da família.  E foi assim, no cansaço de carregar marmita com a primeira refeição da manhã, que nos meus sete  a oito anos passei a idealizar um sonho. Eu me imaginava dirigindo um carrinho um pouco maior que eu, que andasse sem ser puxado por cavalo, que subisse a estrada comigo, evitando que eu me cansasse. Tamanha era a sensação de posse, que tenho ainda hoje a nítida imagem do carrinho, rodando pela estrada da roça.  Hoje percebo que meu sonho, no desabrochar da minha infância viçosa, renova-se em outras formas,  pois  agora ele me ajuda a vencer as distâncias, os cansaços, e os limites que o declínio da vida oferece.
                                                                                                                              * Artista Plástica

terça-feira, 1 de março de 2011

PARA QUE LER?

              Não há novidade alguma em dizer que a leitura é fundamental por ser um canal de ampliação da nossa visão do mundo.  Mas a verdade é que poucos se interessam por isso. Você já percebeu e se questionou por quê? Será porque o mundo,  os outros não nos comovem ,  pois antes  nos  importamos   cada vez mais com nós  mesmos, num individualismo medíocre e paralisante ?
            Aí está o grande papel da leitura: instrumento de reumanização e de desenvolvimento pelo processo de garantia da cidadania. Através do consumo de jornais, revistas informativas, livros especializados e inclusive da internet  para quem  sabe utilizá-la ( sabe selecionar as informações em meio ao emaranhado de textos avulsos e , muitas vezes,  sem maior fundamento),  podemos nos inteirar sobre os mais variados assuntos e acontecimentos, o que  contribui   para a nossa constante  atualização e comunicação.  Temos,  com auxílio da  leitura, a oportunidade  de  saber não só sobre os nossos deveres, mas também sobre os  nossos direitos  e os meios pelos quais podemos defendê-los. Trata-se, assim, de uma  excelente forma de inclusão social ,  forma consciente de opção de vida, de proteção diante da mídia, dos discursos e  das promessas fáceis.
             ainda  algo a ressaltar : caso   formos além da leitura meramente informativa e nos debruçarmos sobre a filosofia e,  acima de tudo, sobre a literatura, através de textos atemporais e universais, como os de  Machado de Assis , Graciliano Ramos, Guimarães Rosa, Clarice Lispector,  entre tantos brasileiros geniais, compreenderemos  melhor a sociedade e o homem em toda a sua complexidade: em sua força e fragilidade, em seu bem e mal, na dualidade comum a toda pessoa.  Em última instância,  lendo bons  livros podemos perceber a relatividade das coisas, a efemeridade da vida e muito mais, podemos  nos tornar mais tolerantes, menos preconceituosos, mais humildes diante de nossos limites, mais autocríticos, enfim, mais humanos.
          Bem, se tudo o que foi dito não for  suficiente para responder à pergunta do título, vamos então a uma justificativa pragmática : o hábito da leitura crítica é imprescindível para o bom desempenho nas provas não apenas de Português, Literatura e Redação, mas para as de História, Geografia, Filosofia e todas as outras que exigem  o entendimento , a interpretação inclusive de um problema de Matemática.  Os Vestibulares e Concursos atuais enfatizam a importância do texto, do contexto, da leitura e interpretação , ou seja, o poder de relação com as questões mundanas e cotidianas,   a habilidade de inferência e dedução, como prega o ENEM.
           Por fim, não sei sobre você, caro leitor; mas garanto que eu não estaria aqui  escrevendo, trocando ideias sobre leitura, se não fosse pelo hábito, pelo prazer incomensurável de ler.
                                                                         Carla Mano

VOLTA ÀS AULAS COM EFICIÊNCIA

           A volta às aulas  costuma gerar nos alunos  sentimentos antagônicos :  desejo de começar  logo , pois há curiosidade com relação aos  professores e colegas, vontade de reencontrar os amigos; porém,  ocorre também  ansiedade  diante  do recomeço e, assim, tensão perante os desafios a serem superados.

          De fato, existem diversas “provas” a serem vencidas. A tendência  é haver a cada ano uma exigência maior, já que os conteúdos  tendem a ser  progressivamente mais complexos. Quando então se avança para o Ensino Médio,  apresenta-se ainda outra grande questão : o Vestibular Seriado,  uma excelente oportunidade para se valorizar o estudo e o esforço em cada um dos três anos escolares.
         Nesse contexto de expectativas, sentimentos variados, cobranças inevitáveis e pressões, algo é certo: a maior parte dos alunos necessita de boa orientação ,  muita disciplina e trabalho para obter sucesso.  Assim, algumas questões são fundamentais:
        - Apoio, incentivo familiar e , se for o caso, até  profissional, a fim de que o jovem tenha certeza do próprio poder de aprendizado e realização. Quem desconhece a importância da autoestima?
        -Organização : no local de estudo,    bem iluminado, com escrivaninha e cadeira que favoreça à adequada postura,  o material deve estar sempre  arrumado – cadernos,  livros, dicionários,  tudo ao  alcance.  Além disso, é importantíssima a administração  do tempo, ou seja, uma programação dos horários das principais atividades semanais , a qual deve ser fixada num lugar visível.   Estipular, em média, quatro horas de estudo diário . Deve haver na semana , no mínimo, duas horas para cada matéria – uma hora para revisar o conteúdo , e outra hora para fazer exercícios .
         -Disciplina:  o cumprimento do que foi programado é indispensável, inclusive o horário para dormir e acordar  . A maioria precisa de oito horas noturnas de sono, logo,  deve-se deitar em torno das 21 horas. É sabido que o bom sono é instrumento  para a  concretização do aprendizado, conforme contribuições valiosas da neurociência.  Do mesmo modo,  a prática de exercícios  físicos  contribuem para a melhoria substancial da memória e da saúde do cérebro, logo, para a eficácia dos estudos. Não se pode esquecer igualmente do momento  do lazer, no fim de semana, para o convívio com os amigos,  para relaxar e desopilar.
         Essas questões,  com o acompanhamento da família e a crença em que tudo é possível com fé e esforço,  certamente trarão resultados positivos. A todos os estudantes, uma ótima volta às aulas.
                                                                       Carla Mano